06/11/2015 12h46 - Atualizado em 07/03/2017 15h11

Silvicultura é tema de oficina do Pedeag 3 em Aracruz




Na tarde desta quinta-feira (05), agricultores familiares, produtores rurais e demais representantes da cadeia produtiva da silvicultura debateram o desenvolvimento do setor no município de Aracruz. Os debates aconteceram no auditório da ESTEL Serviços Industriais. O especialista convidado para dialogar com os participantes foi o Presidente da Associação dos Produtores Florestais do Espírito Santo (AproES) Valter José Matielo.

O gerente de Produção Vegetal e Agroecologia da Seag Aureliano Nogueira, iniciou as apresentações explicando sobre os objetivos do Pedeag 3 e as suas metodologias. Aureliano também relembrou sobre alguns desafios do agronegócio atual que merecem atenção, como estresses hídricos, mudanças climáticas, agricultura de baixo carbono, segurança biológica, preocupação social, desperdício de alimentos, mão-de-obra no campo, nutrição e saúde, energia e turismo rural.

Um dos desafios que Matielo destacou foi quanto à cobertura florestal da mata atlântica. “O nosso país tem um incremento médio de 45 milhões de hectares por ano, o que significa que somos competitivos em termos de produtividade, porém nacionalmente em nossa mata atlântica só restam 5% da cobertura florestal”, alertou.

Matielo também citou algumas tendências do setor florestal no mundo, como o aumento da madeira plantada, existem alguns esforços de pesquisa e inovação – com aumento da utilidade e do valor da madeira -, países concorrentes com políticas florestais de alto incentivo e o uso da engenharia genética que vem sinalizando grande potencial.

Atualmente o Brasil tem 7 milhões de hectares com destaque para a região sudeste. Já no Espírito Santo a concentração é maior na região norte. No Espírito Santo os municípios com maior cobertura original da mata atlântica são Sooretama, Marechal Floriano, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Guarapari, Cariacica, Venda Nova do Imigrante e Linhares.

Usos da madeira

Eletrificação rural, energia industrial, carvão vegetal, construção civil, construção de casas, produtos serrados, movelaria, trabalhos artesanais, caixotaria e embalagens, embalagem industrial, celulose e embalagens de papel. Agregam-se aí, as empresas de produção de carvão e fornecedoras de lenha para consumo na indústria de cerâmica, siderúrgica e de alimentação e bebidas, bem como os segmentos de prestação de serviços e fornecimento de matérias-primas utilizadas nos processos florestais.

Silvicultura

A cobertura florestal do Espírito Santo é formada pelo remanescente da Mata Atlântica, totalizando cerca de 603 mil hectares ou pouco mais de 10% do território estadual, bem como pelos plantios de eucalipto, pinus, seringueira e palmáceas que, juntos, somam mais de 250 mil hectares.

A atividade da silvicultura diz respeito ao reflorestamento com finalidade comercial. A madeira assim produzida é destinada a diversas finalidades, desde a lenha até a produção de celulose e papel. Normalmente, utilizam-se espécies exóticas como os eucaliptos, já que são menos atacados por inimigos naturais e crescem mais rapidamente. Atualmente, no Brasil, existe enorme déficit entre a madeira produzida pela silvicultura e a demanda oriunda do mercado consumidor interno, estimulando vultosos investimentos no setor.

A produção de madeira procedente de florestas econômicas é hoje amplamente empregada nas propriedades capixabas para fornecimento de energia, construções rurais, cercas, postes e tutoramento de plantas. O conjunto de tais ações contribui para diminuir a pressão sobre as florestas nativas, em função da necessidade de madeira existente nas propriedades rurais, além de constituir- se em excelente oportunidade para aumentar a renda nas propriedades por meio do aproveitamento de áreas ociosas ou com limitações para culturas agrícolas mais exigentes.

Atividade tradicionalmente restrita às áreas degradadas pela agropecuária tradicional, a silvicultura tem conquistado novos contornos, consolidando-se como uma atividade sustentável, com base social e ambiental. As florestas plantadas no Estado, que ocupavam menos de 190 mil hectares em 2000, ultrapassaram 250 mil hectares atualmente e podem chegar a 400 mil hectares em 2030, através de planejamento PEDEAG 3 e ações de fomento.

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