17/11/2015 15h23 - Atualizado em 07/03/2017 15h12

Setor de Heveicultura é debatido em oficina do Pedeag 3 em Guarapari




Na manhã desta terça-feira (17), Guarapari foi sede de debates sobre a cadeia produtiva da heveicultura em mais uma oficina do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura, o Pedeag 3. No auditório da Secretaria de Educação do município, pesquisadores, técnicos, agricultores familiares e técnicos do setor discutiram sobre o cenário de borracha natural no Espírito Santo e traçaram metas para o seu desenvolvimento para os próximos anos.

O especialista convidado foi o presidente da Cooperativa de Seringalistas do Espírito Santo (Heveacoop), Humberto Nunes Moraes, que iniciou as apresentações fazendo um breve histórico da cadeia produtiva de borracha natural e lembrou que, na década de 1950 ocorreu a primeira importação brasileira de borracha asiática.

Segundo Humberto, a seringueira atende às três principais vertentes da sustentabilidade – pilar da proposta governamental para o agronegócio do século XXI. São eles: social, econômica e ambiental. “A seringueira tem todos os elementos que contribuem para que a agricultura se desenvolva”, disse.

Ele citou características que comprovam tal afirmação: a seringueira é composta basicamente pela agricultura familiar; produz e gera renda o ano todo; contribui com o aumento da diversificação de renda; protege os mananciais; se adapta a consórcios e a outras propriedades químicas e físicas do solo; praticamente não tem agroquímicos ou combustíveis fósseis; protege o solo contra erosão; ajuda a recuperar as áreas degradadas e abre portas para a oferta de trabalho o ano todo.



Desafios

De acordo com Humberto Moraes, atualmente o maior gargalo do setor é a instabilidade dos preços. “A borracha é um commodity agrícola e assim, muito vulnerável às variações turbulentas econômicas, políticas, climáticas mundiais. Assim o seu preço é atrelado ao mercado internacional, cuja cotação ocorre na Bolsa de Cingapura”, disse.

“É necessário estabelecer mecanismos que venham contribuir para evitar as grandes oscilações nos preços para minimizar os riscos da atividade, estimular os investimentos na expansão da área e na adoção de tecnologias para o aumento da produtividade”, completou Humberto.

Dentre os outros desafios citados estão a qualificação de mão de obra – especialmente em épocas de preços baixos; autossuficiência nacional, com a necessidade de se aumentar a produção de borracha natural e investimentos em atividades de apoio ao setor a partir de políticas governamentais.



Tendências futuras

De acordo com Marcelo Moraes, levando em conta a melhoria dos cenários internacional e nacional, a partir de 2022 e por se tratar de uma atividade de longo prazo, o momento atual é de iniciar novos plantios. “Acreditamos que ao efetuar novos plantios de clones mais resistentes a doenças e mais produtivos poderão ajudar a estabilizar o mercado”, disse.

Além disso, estima-se um aumento da demanda brasileira por borracha natural na ordem de 5% ao ano. “Mesmo com o preço baixo da borracha, o cultivo da seringueira ainda é uma atividade rentável e não será abandonada pelo produtor”, concluiu.

Durante a oficina foram aplicados questionários técnicos que servirão de base para o Planejamento Estratégico da Agricultura Capixaba 2015-2030.

O diretor da Heveacoop Geraldo Rocha, disse que “nós temos sentido a ausência de formação de técnicos agrícolas com conhecimento em heveicultura. É um setor que não está incluso na grade curricular destes alunos e são de extrema importância as informações sobre o plantio e os cuidados com a seringueiras”, alertou.

Site do Pedeag 3

Além de participar dos debates presenciais nas mais de 50 oficinas de trabalho do Pedeag 3, produtores rurais e representantes das diversas cadeias do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento estratégico do setor - o site do Pedeag: www.pedeag.es.gov.br -, que permite, entre outras funções, que os internautas apresentem sugestões e contribuições para o desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado.

O site do Pedeag 3 reúne informações sobre as oficinas de trabalho e permite que o internauta confira o calendário por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias e fotos.

Um dos destaques é o espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba. Na aba “Oficinas” também é possível ter acesso às principais sugestões apresentadas durante os debates realizados nas oficinas. Isso porque a Seag quer conhecer a opinião daqueles que, por algum motivo, não puderam comparecer às reuniões. Por essa ferramenta, é possível eleger duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão.

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