13/09/2013 12h43 - Atualizado em 07/03/2017 15h29

Projeto Peixe Guia vai indicar qualidade dos mananciais capixabas

Uma reunião realizada nessa quinta-feira (12) na sede da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), selou o nascimento de um projeto inédito no País, que criará um modelo unificado de monitoramento ambiental para acompanhar a saúde dos mananciais capixabas: o Peixe Guia. Representantes de 22 entidades, parceiras do projeto, participaram da reunião, entre eles, o subsecretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fábio Ahnert, e o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Jadir Péla.

O Peixe Guia terá o início de atividades de campo no dia 10 de dezembro deste ano, quando os pesquisadores do órgão ambiental federal canadense (Environment Canada) e do Canadian Rivers Institute (CRI) desembarcam no Estado para acompanhar e apoiar os capixabas neste novo modelo, que vai envolver peixes como indicadores da qualidade da água de rios e mares. Ao final de dois anos, será lançado e publicado o “Guia de Monitoramento Ambiental Padronizado - Peixe Guia”, de caráter público, que poderá ser utilizado tanto no Espírito Santo quanto por outros estados do Brasil. Além de suprir a ausência de um modelo padronizado, espera-se que o guia irá reduzir o tempo e os custos das análises, e, ainda, auxiliar na definição de áreas prioritárias e na elaboração de planos de recuperação.

Quem está à frente do Peixe Guia é Tatiana Furley, presidente do Instituto Aplysia, sediado na Capital. São parceiros, Iema/Seama, Sectti, secretarias de Meio Ambiente e colônias de pescadores de Vitória, Guarapari e Anchieta; Instituto Terra, Espírito Santo em Ação, Cesan, Ifes, UVV, Ufes, Sebrae, ArcellorMittal Tubarão, Vale, Samarco, Caixa Econômica Federal. No total, os 22 parceiros vão contribuir com recursos financeiros, humanos, serviços prestados ou doação de equipamentos e materiais para implantação do projeto.

Na ocasião, todos os parceiros se comprometeram a assinar, em uma semana, um termo de intenção. O subsecretário da Seama, Fábio Ahnert, destacou a importância do projeto e reafirmou total apoio da entidade, que já participa de entendimentos com o Instituto Aplysia para realização do projeto desde 2010. “Tem tudo para certo pela experiência técnica dos envolvidos. Se todos estiverem juntos, ao final, não terá como não usarmos os resultados desses estudos”, garantiu. Já o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Jadir Péla, destacou o caráter inovador do Peixe Guia e a expertise do Instituto Aplysia quando o assunto é inovação. “Fiquei impressionado com o resultado desse trabalho. Quando o assunto é meio ambiente, a integração faz toda diferença”.

Benevente, Santa Maria e Jucu

A aplicabilidade e adaptação do modelo canadense à realidade brasileira serão realizadas em duas áreas piloto nos estuários dos rios Benevente, em Anchieta, e Santa Maria da Vitória, na Capital, e, ainda, a pedido da Cesan, no estuário do Rio Jucu e outros, como Piraquê-Açu, em Aracruz. No projeto, os pesquisadores desenvolverão uma série de protocolos que simplificam as análises e as tornam mais eficazes, de sorte a monitorar a saúde de espécies de peixes, acompanhando sua reprodução e funcionamento de órgãos vitais. Os estudos têm como objetivo analisar se a qualidade da água interfere na saúde do animal, o que pode identificar necessidade de melhor controle dos efluentes despejados no manancial.

“A escolha do peixe deve-se à sua relevância social, ambiental e econômica. Quando ele se torna escasso, sempre há muita preocupação. O convênio vai trazer para o Brasil um modelo de monitoramento ambiental mais enxuto e preciso para por em prática uma política eficaz de monitoramento dos recursos hídricos. Até então, muitas análises isoladas são realizadas, mas sem conclusões e sem que as causas sejam identificadas”, disse Tatiana Furley.

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