01/06/2016 19h15 - Atualizado em 07/03/2017 15h16

Produção de Cachaça é tema da última reunião do Pedeag 3



A Cadeia Produtiva da Cachaça no Espírito Santo foi tema da última reunião do Pedeag 3, realizada na manhã desta quarta-feira (1), em São Gabriel da Palha. Participaram da oficina de trabalho 35 pessoas, entre produtores rurais, representantes de associações e cooperativas ligadas ao segmento, para discutir o presente e o futuro do setor no Estado.

Segundo dados da Cúpula de Cachaça, em 2014, existiam no Espírito Santo aproximadamente 100 produtores da bebida no Estado, sendo a maior parte da agricultura familiar. As cachaças são produzidas por eles de modo artesanal em alambiques.

O produtor rural Valdecir Pinto, que trabalha há 31 anos com a atividade em São Gabriel da Palha, conta que o número de produtores está diminuindo. “Muita gente tem deixado de produzir devido aos custos e também à crise hídrica, já são quase quatro anos de seca. As pessoas abandonam o segmento por não terem condições de manter.
Éramos cerca de 240 produtores e hoje somos cerca de uns 100”, disse Valdecir.

Durante o encontro, os participantes responderam a um questionário para avaliar o segmento no Espírito Santo e também pontuar as dificuldades da cadeia. O gerente de Agroecologia e Produção Vegetal da Seag, Aureliano Nogueira, destacou a importância da ação a fim de escutar os produtores. “Esse é primeiro passo que foi dado, nós ouvimos aqueles que trabalham diretamente no setor para entender os gargalos da produção, ver quais são os desafios para o setor e criar políticas públicas que possam ajudar a alavancar toda a cadeia produtiva”, disse Aureliano.

O encontro contou com a participação especial do consultor de cachaça Leandro Marelli de Souza, que destacou durante a importância do produto nos cenários nacional e internacional. Ele também reforçou que a bebida é originalmente brasileira e que é exportada para mais de 60 países do mundo, sendo o maior comprador a Alemanha. O país europeu chega a importar 28% da produção do Brasil.

O especialista também pontuou a diferença entre a cachaça e a aguardente. “Todas as cachaças são aguardente, mas nem todas as aguardentes são cachaças. As cachaças são somente de cana, e as aguardentes apesar de serem de cana, podem ter sabores agregados de frutas, castanhas, dentre outros alimentos. Além disso, elas possuem um teor alcoólico maior que o da cachaça, de 38% a 54%, enquanto que nas cachaças o teor varia de 38% a 48%”, explicou Marelli.

Brasil
Segundo dados do Centro Brasileiro de Referência da Cachaça (CBRC), existem mais de 40 mil produtores de cachaça no Brasil. A atividade gera aproximadamente 600 mil empregos diretos e indiretos e movimenta aproximadamente R$7 bilhões ao ano no mercado.

PEDEAG 3
O Pedeag 3 é principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2015, foram realizadas 52 oficinas de trabalho sobre as principais cadeias produtivas do agronegócio capixaba, que serviram de base para a formulação de um plano de ação para os próximos 15 anos. As oficinas também discutiram temas transversais, como capital humano, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outros.

O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo o Pedeag se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 irá reunir os avanços obtidos nas duas versões anteriores do Plano, com uma abordagem centrada na inovação, no empreendedorismo e na sustentabilidade





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