24/09/2015 06h47 - Atualizado em 07/03/2017 15h10

Pedeag3: cadeia produtiva da banana é discutida em Iconha





O município de Iconha recebeu, na tarde desta quarta-feira (23), a oficina do Pedeag 3 que discutiu a cadeia produtiva da banana. O especialista convidado foi Alciro Lamão Lazarini, administrador rural e extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Ele falou sobre as principais dificuldades da cadeia produtiva da banana e as perspectivas de desenvolvimento e crescimento do setor para os próximos anos.

O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, fez a abertura da oficina e contou mais sobre a agricultura capixaba e brasileira e ressaltou a importância do Pedeag 3 para o desenvolvimento sustentável do setor no Espírito Santo. “Vamos percorrer nosso Estado discutindo cada cadeia produtiva. Estamos trabalhando focados na geração de melhores resultados para a agricultura capixaba”, destacou.

Durante os trabalhos, os participantes responderam a questionários técnicos que servirão de base para o planejamento de ações e, ao fim, puderam discutir sobre o cenário atual da banana. O objetivo é ouvir contribuições, sugestões e críticas de todos aqueles que estão envolvidos com a cadeia produtiva em debate.

A oficina

Alciro Lamão Lazarini, especialista convidado para debater o assunto, apresentou um panorama da produção de banana no Espírito Santo e abordou temas importantes para o desenvolvimento do setor no Estado.

Para Alciro, um dos principais gargalos da cadeia produtiva da banana no Estado é o processo de comercialização feito por intermediários, que fazem a revenda da banana em supermercados, hortifrutis, redes e em outros estabelecimentos. Ele diz que é preciso agregar valor ao produto, para que esse lucro seja do produtor.

O extensionista comenta também que desde a primeira edição do Pedeag os resultados das oficinas de trabalho são positivos. “Nas duas edições anteriores, muitos gargalos foram resolvidos, um deles é a pesquisa voltada para as variedades de banana resistentes às principais pragas e doenças”, destaca.
Segundo Alciro, em quase todo o Espírito Santo existem plantações de banana. O destaque vai para os municípios de Iconha, Afonso Cláudio, Vargem Alta, Anchieta, Guarapari e Linhares.

O produtor fala

Produtor de banana há mais de 25 anos, Flávio Furlan também vê nos intermediários um problema para o setor. Para ele, o Pedeag 3 é a oportunidade de acabar com esses gargalos. “Hoje pudemos expor todas as nossas dificuldades e também o que dá certo. A partir dessas informações será possível traçar metas que contribuam para a melhoria do nosso setor”, comenta.

“Estou começando a produzir banana orgânica. Vejo nessa iniciativa o meio de conseguir estabilizar o preço do meu produto e também de contribuir para o meio ambiente”, completa Flávio Furlan.

Bananicultura

A bananicultura é uma atividade de grande importância social e econômica para o Espírito Santo. Presente em 90% dos municípios capixabas e com uma área cultivada de aproximadamente 23.000 ha, a atividade gera cerca de 30 mil ocupações em sua cadeia produtiva.

No Estado predomina o cultivo de bananeiras do subgrupo Prata, com aproximadamente 80% da área cultivada. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) lançou no ano de 2005 as cultivares do subgrupo Prata denominadas Vitória e Japira, superiores às variedades tradicionais no que diz respeito à resistência às doenças, principalmente à Sigatoka Amarela, à Sigatoka Negra e ao Mal do Panamá.

Pedeag 3

As prioridades e diretrizes para o desenvolvimento do setor agrícola até 2030 estão sendo definidas pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em conjunto com produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio. Até novembro serão realizadas 52 oficinas de trabalho em todas as regiões do Espírito Santo, que servirão de base para a formulação do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, o Pedeag 3.

O Pedeag 3 é um instrumento de análise do cenário atual e futuro que visa estabelecer estratégias e iniciativas que possam ser planejadas, geridas e implantadas. O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas.

O Pedeag 3 irá reunir os avanços obtidos nas duas versões anteriores, com uma abordagem centrada na inovação, no empreendedorismo e na sustentabilidade. Será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo programas e ações a serem implantados para promover o desenvolvimento do agronegócio capixaba. Tudo isso alinhado com a análise de temas transversais, tais como capital humano, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.

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