18/11/2015 16h17 - Atualizado em 07/03/2017 15h12

Pedeag discute o cenário da Pecuária de Corte no Estado


Na manhã dessa quarta-feira (11), pecuaristas, produtores rurais, membros de associações de criadores e representantes de entidades públicas estiveram reunidos na Fazenda Heringer, localizada no município de Vila Velha, para discutir os desafios e as oportunidades da pecuária de corte. A oficina de trabalho é uma das ferramentas utilizadas para a elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, o Pedeag 3, que vai definir as prioridades do setor agrícola para os próximos 15 anos.

A oficina contou com a participação do secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto, do subsecretário de Desenvolvimento Agropecuário, Marcelo Suzart, e do chefe do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Idaf, Anderson Teixeira. O especialista convidado foi o médico veterinário e professor da Universidade de Vila Velha, Marcel Ferreira Bastos Avanza.
“Estamos rodando todo o Estado para traçar planos e estabelecer objetivos e metas a serem implantados. E isso se dá por meio da conversa com os produtores que acompanham nossas reuniões e mostram os gargalos de cada cadeia produtiva”, afirmou Marcelo.

O Espírito Santo possui um rebanho de 2,1 milhões de cabeças em uma área de pastagem de 1,3 milhão de hectares, o que dá uma taxa de lotação de 1,57 cabeça por hectare, número 27% maior que a média brasileira. No entanto, dessa área total de pastagens, 400 mil hectares estão degradados, o que representa um grande desafio econômico e ambiental, exigindo investimentos em tecnologia e na recuperação de áreas de preservação e de nascentes.

Entre os principais desafios do setor, segundo o especialista, estão a recuperação e a adubação da pastagem. Esses fatores contribuem para o aumento da quantidade animal por área. “O produtor se preocupa com o gasto que ele terá com o adubo, mas produzir capim faz parte da pecuária”, destaca Marcel Avanza.

Segundo Avanza, a pecuária de corte no Espírito Santo é responsável pelo segundo maior rendimento do PIB, perdendo apenas para o café, mas o setor ainda passa por algumas dificuldades. “O Pedeag vem para ouvir as dificuldades e os desafios enfrentados no dia a dia e como o Governo pode ajudar nisso. O produtor não precisa de dinheiro, mas sim de condições para que sua propriedade se torne uma empresa rural”, completa.
A pecuária responde por, aproximadamente, 25% do Valor Bruto da Produção Agropecuária Capixaba. Com relação à pecuária bovina de corte, o Estado detém um rebanho de 1,4 milhão de cabeças. Em 2014, o Espírito Santo registrou um abate inspecionado de 378.432 cabeças. A taxa de abate gira em torno de 29%.

O Pedeag 3

A Seag está definindo as prioridades do setor agrícola para os próximos 15 anos. O Pedeag 3 conta com a participação de representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio, produtores rurais, pesquisadores, professores e lideranças cooperativistas e de associações produtivas. São mais de 50 oficinas de trabalho, que servirão de base para a construção do Planejamento Estratégico da agricultura capixaba.
Durante as oficinas, os participantes recebem um questionário de avaliação dos principais desafios e oportunidades de sua cadeia produtiva específica. Todo esse material recolhido presencialmente e também pela internet (www.pedeag.es.gov.br) será usado para subsidiar a elaboração do Pedeag 3, que contará ainda com entrevistas qualitativas que serão feitas com mais de 100 especialistas. Até agora, aproximadamente 3,5 mil pessoas já passaram pelas oficinas do Pedeag 3 e mais de 2 mil questionários foram respondidos.

O Pedeag 3 será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo planos de ação e projetos, com foco na geração de melhores resultados para o agronegócio capixaba. Tudo isso alinhado com a análise de temas transversais, tais como capital humano, sustentabilidade, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.

O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo o Pedeag se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 vai atualizar as diretrizes e metas, com base nos pilares do empreendedorismo, da sustentabilidade e da inovação.

www.pedeag.es.gov.br

Além de participar dos debates presenciais, produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento o estratégico do setor. No site do Pedeag 3 (www.pedeag.es.gov.br) os internautas podem apresentar sugestões e contribuições que ajudem no desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado.

O site disponibiliza o calendário de oficinas por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias, fotos e um espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba e às contribuições apresentadas durante os debates. O internauta poderá referendar duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão para ser incluída na base de dados no Pedeag 3.

Informações à Imprensa:
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Texto: Thaís Tonini
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