16/09/2015 14h51 - Atualizado em 07/03/2017 15h09

Pedeag 3: cadeia produtiva da uva é discutida em Santa Teresa

O município de Santa Teresa recebeu, na tarde desta quarta-feira (16), a oficina do Pedeag 3 que discutiu a cadeia produtiva da uva. O especialista convidado foi o extensionista e chefe do Escritório Local do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) de Santa Teresa, Carlos Alberto Sangalli. Ele falou da evolução dessa cultura no Espírito Santo e sobre as perspectivas de crescimento e desenvolvimento do setor para os próximos anos.

A abertura da oficina foi feita pelo secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto, que apresentou um panorama sobre a agricultura capixaba e brasileira e ressaltou a importância do Pedeag 3 para o desenvolvimento sustentável do setor no Espírito Santo.

“Vamos rodar todo o Estado para traçar planos e estabelecer objetivos e metas a serem implantados. Esses dados vão surgir da conversa com os produtores que acompanham nossas reuniões e mostrar os gargalos de cada cadeia produtiva. Estamos trabalhando focados na geração de melhores resultados para a agricultura capixaba”, afirmou Octaciano Neto.

Durante os trabalhos, os participantes responderam a questionários técnicos que servirão de base para o planejamento de ações e, ao fim, puderam discutir sobre o cenário atual da uva. O objetivo é ouvir contribuições, sugestões e críticas de todos aqueles que estão envolvidos com a cadeia produtiva em debate.

A oficina
Carlos Alberto Sangalli, especialista convidado para debater o assunto, apresentou um panorama da produção de uva no Espírito Santo e abordou temas importantes para o desenvolvimento do setor no Estado.

As dificuldades que os produtores de uva enfrentam no dia a dia foi um deles. “É preciso melhorar o diálogo entre os produtores. Com essa organização é possível adquirir os insumos a um preço melhor, aumentando a competitividade desses produtores no mercado”, afirma.

Segundo Sangalli, o cenário da cadeia produtiva da uva no Espírito Santo é promissor. “O Estado possui condições diferenciadas de clima e solo, que propiciam o cultivo da videira de qualidade. Essas importantes características estão distribuídas praticamente em todo o Estado”, comenta.

“Com as ações do Pedeag 3, vamos conseguir ter uma visão ampliada sobre a produção de uva. Os produtores serão beneficiados com o apoio de um corpo técnico mais capacitado e com pesquisas aprofundadas sobre o setor”, destaca Carlos Alberto Sangalli.

O produtor fala
“Hoje conseguimos reunir toda a cadeia produtiva da uva para apresentar as dificuldades e as sugestões para melhorar o setor. Os desafios são muitos, mas precisamos ter todas as instituições como parceiras para contribuir com essas mudança”, afirma Eudair Alves, produtor de uva e representante da Associação dos Produtores de Uva e Vinho Teresense (Apruvit).

O produtor de uva e morador de Santa Teresa, Devanir Antônio Ziviani, acredita que as reuniões do Pedeag 3 vão contribuir para resolver os gargalos da agricultura capixaba. “Ouvir o produtor rural é o primeiro passo para resolver os problemas que passamos no dia a dia. Acredito que essas ações vão contribuir para melhorar a vida de quem vive da agricultura e fazer com que essas pessoas permaneçam no campo”, completa.
A uva no Espírito Santo
O setor conta com uma área plantada de 130 hectares no Espírito Santo, distribuídos em 37 municípios e 504 propriedades rurais, reunindo mais de 800 produtores. São 46 agroindústrias de pequeno porte inseridas na cadeia produtiva de vitivinicultura e quatro associações de produtores de uva e vinho no Estado.

A produção anual é de aproximadamente 1.600 toneladas, sendo 75% para o mercado in natura e 25% para transformação em vinho, suco, geleias e outros produtos, o representa uma produção anual de 175 mil litros de vinho e 40 mil litros de suco, com um rendimento de processado de 75%. A produtividade média das lavouras gira em torno de 20 t/ha.

As safras acontecem em dois momentos distintos: no inverno, entre julho e agosto, e no verão, com colheita entre dezembro e janeiro. Entretanto, a uva pode ser colhida durante o ano todo, mesmo não sendo período típico de safra.

O Espírito Santo possui microrregiões com condições diferenciadas de clima e solo, que propiciam o cultivo da videira em vários municípios. Essas importantes características estão distribuídas praticamente em todo o Estado. Dentre todos os municípios produtores de uva, Santa Teresa se destaca com aproximadamente 80% da produção estadual.

Pedeag 3
As prioridades e diretrizes para o desenvolvimento do setor agrícola até 2030 estão sendo definidas pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em conjunto com produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio. Até novembro serão realizadas 52 oficinas de trabalho em todas as regiões do Espírito Santo, que servirão de base para a formulação do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, o Pedeag 3.

O Pedeag 3 é um instrumento de análise do cenário atual e futuro que visa estabelecer estratégias e iniciativas que possam ser planejadas, geridas e implantadas. O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo o Pedeag se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas.

O Pedeag 3 irá reunir os avanços obtidos nas duas versões anteriores, com uma abordagem centrada na inovação, no empreendedorismo e na sustentabilidade. Será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo programas e ações a serem implantados para promover o desenvolvimento do agronegócio capixaba. Tudo isso alinhado com a análise de temas transversais, tais como capital humano, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.

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