04/11/2015 12h58 - Atualizado em 07/03/2017 15h11

Oficina do PEDEAG em Pedro Canário discute a cadeia produtiva da cana-de-açúcar

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar. Entretanto, nos últimos anos, a falta de investimento no setor de cana-de-açúcar, associada às condições climáticas adversas, resultou em produções abaixo da média. Os desafios e sugestões para o setor sucroalcooleiro foram abordados em Pedro Canário nessa terça-feira (3), na oficina do Pedeag 3 promovida pela Secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag).


De acordo com as projeções do Agronegócio Brasil 2015/15 a 2024/25, realizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que cita o relatório da OCDE-FAO (2015), a falta de investimento no setor sucroalcooleiro juntamente com condições climáticas adversas, resultaram em produtividades médias mais baixas. Esses fatores, juntamente com os recentes preços baixos do açúcar, fizeram com que diversas usinas falissem ou fossem desativadas.


O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, destaca alguns pontos enfrentados pelo setor. “Seja pela elevação dos preços, as questões tributarias, entre outros, são enormes os desafios. Uma melhoria na assistência técnica e extensão rural, investimentos em pesquisa e inovação e novas linhas de crédito. Tanto aqui em Pedro Canário, como em Itapemirim, foram criadas bases para construirmos políticas públicas para reanimar o setor sucroalcooleiro do ES”, destacou o secretário.

Quem coordenou a palestra e explanou o setor para os produtores de cana e representantes do setor, foi o pesquisador e consultor Nelson Elio Zanotti. “O governo do Estado e a Seag estão fazendo o correto, pois sem planejamento ficamos sem rumo. O planejamento é pra isso, evitar desperídicios, dar base para investimentos prioritários, para essa e outras cadeias produtivas”, enfatizou Zanotti.

A multicultura para o produtor é um ponto levantado pelo produtor Oribes Storch, de Cristal de Norte. “Nesse momento é de grande importância reunir para entender a situação do produtor. Eu confio no setor e sempre trabalhei confiante. Atualmente eu estou reformando meus canaviais e plantando cana, acreditando que teremos melhorias. Importante também é diversificar as culturas, também tenho produção de café e leite”, ressaltou Storch.

O Espírito Santo tem uma capacidade instalada de processamento de cana de 7,5 mi de toneladas, porém, com as dificuldades enfrentadas pelo setor, produz atualmente a metade. A favor do panorama, consta a estrutura: um parque industrial instalado, terra disponível para produzir e ser referência em importação de açúcar e etanol.

O Pedeag 3
A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) está definindo as prioridades do setor agrícola para os próximos 15 anos. O Pedeag 3 conta com a participação de representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio, produtores rurais, pesquisadores, professores e lideranças cooperativistas e de associações produtivas. São mais de 50 oficinas de trabalho programadas até novembro, que servirão de base para a construção do Planejamento Estratégico da Agricultura capixaba.

Durante as oficinas, os participantes recebem um questionário de avaliação dos principais desafios e oportunidades de sua cadeia produtiva específica. Todo esse material recolhido presencialmente e também pela internet (www.pedeag.es.gov.br) será usado para subsidiar a elaboração do Pedeag 3, que contará ainda com entrevistas qualitativas que serão feitas com mais de 100 especialistas. Até agora, aproximadamente 3 mil pessoas já passaram pelas oficinas e mais de 1,8 mil questionários foram respondidos.

O Pedeag 3 será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo planos de ação e projetos, com foco na geração de melhores resultados para o agronegócio capixaba. Tudo isso alinhado com a análise de temas transversais, tais como capital humano, sustentabilidade, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.

O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 vai atualizar as diretrizes e metas, com base nos pilares do empreendedorismo, da sustentabilidade e da inovação.

interativo
Além de participar dos debates presenciais, produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento o estratégico do setor. No site do Pedeag 3 (www.pedeag.es.gov.br) os internautas podem apresentar sugestões e contribuições que ajudem no desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado.

O site disponibiliza o calendário de oficinas por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias, fotos e um espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba e às contribuições apresentadas durante os debates. O internauta poderá referendar duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão para ser incluída na base de dados no Pedeag 3.


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