25/11/2013 13h52 - Atualizado em 07/03/2017 15h35

Manga diversifica atividades agrícolas no Espírito Santo



Foto: Incaper - Os meses de novembro, dezembro e janeiro marcam a colheita da manga


A colheita da manga já teve início no Espírito Santo e os agricultores que estão localizados nos municípios de abrangência do Polo de Manga já comercializaram 100 toneladas da fruta para a indústria. Para a próxima semana está programada a entrega de mais 176 toneladas da fruta. A estimativa é de que, no final de janeiro, quando termina a maior parte da colheita, os produtores rurais tenham entregado 3 mil toneladas da fruta para a indústria de sucos.

De acordo com o coordenador do Polo de Manga, César Santos Carvalho, o foco no momento está na comercialização do produto. “Precisamos que, nesta colheita, a manga seja aproveitada ao máximo, a fim de garantir renda para o produtor. Por isso, é preciso que ela seja colhida no ponto de maturação correto, caso contrário a fruta não atende às exigências da indústria”, explicou César.

Ele disse que o agricultor verifica o ponto certo de maturação da fruta com um pequeno corte. “A coloração da fruta apresenta o grau de maturação. Se está na cor da gema de um ovo, está pronta para colher. Caso esteja da cor verde limão, ainda não chegou no ponto”, disse César.



Foto: O ponto de maturação é fundamental para garantir uma boa colheita.

Incentivo à produção da manga nos municípios

No município de São Domingos do Norte cerca de 90 produtores trabalham com a cultura da manga. Além do acompanhamento permanente aos agricultores, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) organizou um treinamento anterior à colheita da fruta, a fim de garantir a qualidade do produto.

“A maioria dos agricultores do município vendem a manga para a indústria. O Incaper, com o objetivo de organizar esses produtores, realizou um treinamento apresentando as diversas técnicas para a colheita da fruta de maneira a garantir sua qualidade. Atualmente, muitos agricultores já realizam a colheita em suas propriedades, sem auxílio externo”, disse o chefe do escritório local do Incaper em São Domingos do Norte, José Henrique Chieppe.

O município de Águia Branca, por sua vez, concentra a venda da manga para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O resultado dessa comercialização é tão positivo que a Associação dos Agricultores Familiares de São Pedro (AAFASP), está pleiteando uma despolpadeira de frutas.

“O trabalho com o Polo de Manga tem sido positivo no município. Os agricultores estão percebendo que a manga possui diversas alternativas de mercado e, por isso, têm investido nessa cultura como forma de diversificação da produção”, afirmou o extensionista do escritório local do Incaper em Águia Branca, Leonardo Moreira Borges de Souza.


Foto: A produção do manga para o PAA será destinada a famílias em vulnerabilidade social e nutricional da Grande Vitória.

Diversificação dos canais de comercialização

Nos 18 municípios capixabas de abrangência do Polo de Manga, os agricultores possuem algumas alternativas de canais de comercialização. A maior parte da produção vai para a indústria de polpa de frutas e sucos. Mas também existe a entrega para a Ceasa, cuja previsão para este ano é de 800 toneladas; para agroindústrias familiares de polpa de frutas, 200 toneladas; e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a estimativa de entrega é de 100 toneladas nessa safra.

Com o objetivo de ampliar ainda mais os canais de comercialização para os agricultores familiares, o Projeto Estruturação e Fortalecimento dos Setores Produtivos da Agricultura Familiar do Norte do Espírito Santo (Tecsocial), desenvolvido pelo Incaper, apresentou “Estratégias de Comercialização para o Polo de Manga”, que consistem na organização de agricultores para a comercialização da manga, por meio da venda direta para o PAA. De acordo com a coordenadora do Tecsocial, Pierângeli Aoki, essa estratégia de comercialização é uma tecnologia social que está sendo adequada e reaplicada nas organizações associativas da agricultura familiar que participam do Polo da Manga.

Para a safra deste ano, associações de agricultores de seis municípios capixabas já irão comercializar o produto para esse programa. São eles: Laranja da Terra, Itaguaçu, Águia Branca, Água Doce do Norte, Alto Rio Novo e São Domingos do Norte. “Realizamos capacitações junto às associações de agricultores para que eles mesmos possam fazer as propostas para o PAA. A previsão é de que o retorno para esses municípios, com a venda direta, seja de R$ 140 mil”, explicou o integrante do Tecsocial, Márcio Américo.

A manga que será comercializada para o PAA, por meio da articulação do Tecsocial, será distribuída para famílias de vulnerabilidade social e nutricional da Grande Vitória pelo Mesa Brasil e Banco de Alimentos de Vitória. Cerca de 20 mil pessoas estão cadastradas nesses programas. “Além de diversificar os canais de comercialização para a venda da manga e ampliar a renda do agricultor, essa ação melhora a nutrição de quem mora no meio urbano”, disse Márcio.

Em médio prazo, o Tecsocial pretende trabalhar com a agregação de valor ao produto por meio da identificação de agroindústrias, articulando a produção de manga minimamente processada para atingir outros mercados, como Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), varejo e consumidor final. Os produtos comercializados englobam a manga fatiada congelada, polpa, doces e geleias.



Foto: Mais de 8 mil mudas de manga estão sendo entregues no Estado.

Mudas e caixas plásticas

O incentivo à produção da manga no Espírito Santo passa pela entrega de mudas e caixas plásticas para auxiliar na colheita, a fim de que não haja perda de frutas. Em 2013, cerca de 25 mil mudas estão sendo entregues no Estado, sendo 23 mil da manga Ubá e 2 mil da Palmer. No que se refere a caixas plásticas, serão entregues 8.100 unidades.

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