13/12/2014 19h06 - Atualizado em 07/03/2017 15h05

Jovem rural é um dos ganhadores do Concurso Estadual de Redação na Escola 2014


O estudante Fábio Lahass, que cursa o 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual de Vitória, e também integra os coletivos de jovens do campo no Projeto de Valorização da Juventude Rural da Seag, na Associação Diacônica Litorânea (ADL) de Afonso Cláudio foi um dos ganhadores do concurso de redação “Direitos Humanos na Escola 2014”. O concurso faz parte da programação da 6ª Semana Estadual dos Direitos Humanos.

“Memória e verdade” foi o tema do concurso, promovido pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos, pela Secretaria de Estado da Educação e a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, com objetivo de discutir e provocar a reflexão sobre o contexto político e social que ensejou o golpe civil e militar de 1964, os 21 anos da Ditadura Militar, a atual democracia brasileira e a Comissão Nacional da Verdade.

A premiação foi realizada na solenidade comemorativa dos Direitos Humanos, que aconteceu no dia 10 no Salão São Thiago do Palácio Anchieta.

Fábio obteve o terceiro lugar com a redação:

“Um dos momentos mais marcantes da história do Brasil foi a Ditadura Militar (1964-1985). Foi uma época em que a democracia não existiu, a opinião da sociedade era proibida e, caso alguém se manifestasse, as conseqüências eram agressões físicas e psicológicas. Por um longo período, a população foi enganada e alienada. Nas escolas se ensinava a Música “Marcha Soldado” para que as crianças já crescessem aprendendo a obedecer caladas. Um período de injustiça, censuras e torturas. Quantos morreram injustamente e quantos ainda hoje não sabem onde encontrar seus mortos. É ainda mais preocupante quando na história fica apenas a versão do ditador, pois se defende contrariando a todas as denúncias que hoje vêm da ditadura militar.

O passado é importante. Alguém que desconhece sua história é um ser incompleto, é o mesmo que ver o presente sem avaliá-lo, vivê-lo sem consciência ou perspectivas de mudanças. É o que acontece ainda hoje. O presente ainda possui traços de ditadura. A democracia demorou a ser instalada no Brasil, tanto que está no “papel”, mas pela sociedade não é cumprida. Ainda vive-se sob uma falta de liberdade de expressão. Um exemplo claro disso é a mídia, por meio da TV e a própria internet, que não ditam regras, mas censuram opiniões próprias da sociedade por meio de induções.

Logo não é possível seguir o modelo de ditadura e deixar que as vozes se calem. É preciso que a verdade ecoe. Descobrir a verdade do passado, presente na memória, é estudar a história e a partir do presente, julgá-lo. É hora da justiça, limpeza de um passado escuro, confuso e misterioso. É direito de cada cidadão saber sua verdadeira história, afinal, as características de determinada sociedade se devem a ela. Somente com uma verdadeira história que vira memória de um povo, pode-se viver o presente. Presente de liberdade, expressão e democracia. Presente que é história e semente para o futuro.”


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