10/07/2015 13h06 - Atualizado em 07/03/2017 15h08

Governo defende decretação de falência do Grupo Infinity

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto, encaminhou um ofício ao juiz Paulo Furtado, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro da Capital, em São Paulo, manifestando a apreensão do Governo do Espírito Santo quanto aos desdobramentos da crise financeira que atinge as empresas Infinity Bio-Energy Brasil Participações S.A. e outras ["Grupo Infinity"]. O grupo encontra-se em processo de recuperação judicial e apresentou à Justiça um novo “Plano de Recuperação Judicial”. Estima-se que somente com fornecedores a Infinity Bio-Energy possua uma dívida que ultrapasse os R$ 2 bilhões. O grupo também acumula um grande passivo trabalhista, além de um débito milionário com as Fazendas Públicas.

Para o secretário de Estado da Agricultura, o novo "Plano de Recuperação Judicial" apresentado pelo "Grupo Infinity" representa mais uma tentativa de postergar o cumprimento de suas obrigações com os milhares de funcionários do setor sucroalcooleiro capixaba que já foram demitidos, com os produtores de cana-de-açúcar e com os demais credores, dentre eles o Estado do Espírito Santo. Octaciano Neto defende que seja decretada a falência do grupo.

“Com a decretação da falência e a indicação de um interventor poderemos ter mais garantias de que os compromissos assumidos por esse grupo empresarial junto aos mais diversos setores da cadeia produtiva sucroalcooleira serão, de fato, cumpridos. A nomeação de um interventor nos dá a esperança de que os ativos do grupo, principalmente suas usinas, sejam vendidos para novos administradores que possam retomar a operação das usinas. Um novo plano de recuperação judicial vai depreciar ainda mais os ativos do grupo empresarial e fazer com que a dívida bilionária da empresa com seus credores não seja quitada”, afirma o secretário.

Segundo Octaciano Neto, desde 2008 a situação só vem se agravando. “E o que é pior: o não cumprimento de acordos, alguns inclusive determinados pela Justiça, têm sido uma das principais marcas desse grupo empresarial”, ressalta Octaciano.

Histórico
A entrada do Grupo Infinity nas regiões Norte do Espírito Santo, Leste de Minas Gerais e Sul da Bahia, no ano de 2006, com a compra das usinas Disa, Cridasa e Alcana, deu-se em um momento de grande euforia para o setor sucroalcooleiro do país. No entanto, essa série de aquisições realizadas pela Infinity Bio-Energy, com a promessa de desenvolvimento para essas regiões, acabou se transformando em uma série de equívocos administrativos e em um conjunto insustentável de atos de gestão que culminaram com o fechamento das usinas Alcana e Cridasa e com o desemprego de milhares de trabalhadores.

“Estamos preocupados com os impactos que um novo processo de Recuperação Judicial poderá trazer para a economia e para o desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo. Esperamos que uma solução definitiva possa ser encontrada o mais rápido possível. Esse grupo empresarial já plantou muitos sonhos entre nós, capixabas. E há muitos anos o que temos colhido são pesadelos. Trabalhamos para estruturar o setor sucroalcooleiro no Estado. Confiamos que a Justiça será feita”, conclui o secretário.

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