Com o objetivo de debater os impactos causados pela estiagem prolongada que atinge o Espírito Santo, cerca de 450 pessoas se reuniram em Vila Valério para assistir à palestra ministrada pelo secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto, e pelo diretor-presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), Paulo Paim.

Investimentos e ações do Governo do Estado foram apresentados durante o evento, que aconteceu na noite desta quarta-feira (01). O público, formado principalmente por pequenos produtores rurais e moradores da região, também teve a oportunidade de conhecer novos meios de utilizar racionalmente a água, além de metodologias que podem ser desenvolvidas por todos para amenizar os efeitos da estiagem, já que a crise hídrica não atinge apenas a agricultura e a pecuária, mas toda sociedade.

O Secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, fez um alerta sobre as consequências negativas da estiagem prolongada e ressaltou a importância da preservação da mata atlântica e do aumento da cobertura florestal.

“Antigamente, o conceito de produção em grande escala era o desmatamento. Com o passar do tempo percebeu-se que aumentar produtividade não significa aumentar área produtiva, mas produzir mais em áreas menores”, afirmou o secretário.

Octaciano também destacou a importância da água como forma de valorização da terra. “Hoje, mais importante que a qualidade do solo é a quantidade de água disponível. A água na propriedade interfere na valorização da terra, agregando preço”, afirmou.

Paulo Paim apresentou os planos de bacia que estão sendo desenvolvidos e implementados no Estado, e sobre a necessidade de relevância de se envolver toda a sociedade na gestão da água. “É importante que todos participem, e os comitês de bacias hidrográficas devem ser o palco dessas discussões. São eles os gestores dos recursos hídricos, e é deles que devem partir as soluções para os conflitos gerados pelos usos múltiplos”, disse.
Paim também citou as resoluções da Agerh que foram criadas durante a crise, decretando Cenário de Alerta e restringindo a captação de água em todo o Estado. “A crise existe e temos que poupar água. Não podemos ser irresponsáveis. Todos devem fazer sua parte”, afirmou.



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Adriano Leão
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