21/07/2014 13h36 - Atualizado em
07/03/2017 15h44
ES vai produzir "filhotes" de camarão para todo Brasil
O novo laboratório será administrado pela Cooperativa dos Aquicultores do Espírito Santo (Ceaq). Além de atender prioritariamente os 12 municípios tradicionais na produção de camarão da água doce em terras capixabas, as pós-larvas cultivadas no espaço também serão comercializadas para carcinicultores de todo o Espírito Santo e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
“Os carcinicultores capixabas agora vão contar com pós-larvas de qualidade, com regularidade de oferta e a preço justo, o que resolve um gargalo histórico do setor e será fundamental para não só retomarmos, mas ultrapassarmos os níveis de produtividade e de produção de camarão que tivemos no passado”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli. “A criação de camarões uma excelente opção de diversificação da renda dos agricultores da região Noroeste do Espírito Santo, ainda muito concentrada na cafeicultura de Conilon”, completa.
Atualmente a produção capixaba gira em torno de 82 toneladas/ano, gerando faturamento de R$ 2,5 milhões aos produtores. Frederico Schramm, de Governador Lindenberg, cria camarão há 18 anos. Com tanques que somam dois hectares de lâmina d’água, no auge da atividade, chegou a produzir sozinho 10 toneladas/ano, mas devido às complicações na aquisição de pós-larvas de criatórios de São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro, agora dificilmente a produção supera quatro toneladas/ano. “Esse laboratório era o que esperávamos há muito tempo. Agora teremos condições de retomar o fôlego na criação de camarão, com qualidade e quantidade”, afirmou.
O Espírito Santo é o maior produtor de camarão de água doce do Brasil e os principais cultivos estão instalados nos municípios de São Domingos do Norte, Governador Lindenberg e São Gabriel da Palha. Entretanto, nos últimos anos a produção registrou queda devido aos problemas encontrados pelos criadores no momento de adquirir pós-larvas. A má qualidade ou a quantidade inferior à adquirida fez com que a produtividade caísse de cinco toneladas/ha para 1,5 toneladas/ha.
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