Nesta quinta-feira (23), ocorreu um encontro entre as diversas instituições que atuam no Projeto Corredores Ecológicos, incluindo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), para avaliar os resultados de 12 anos de atividades no Espírito Santo. Na ocasião, também foi apresentado o Plano de Negócios para a palmeira juçara, espécie da mata atlântica ameaçada de extinção.

“Um dos principais resultados do projeto foi a mudança na mentalidade dos agricultores. Por meio de diversas ações, foi possível demonstrar que é possível produzir preservando e que a agricultura feita de forma sustentável é uma necessidade dos tempos atuais. O Corredores Ecológicos foi um projeto construído de forma participativa entre as diversas instituições envolvidas, mas que teve como principal parceiro o agricultor”, afirmou o coordenador de meio ambiente do Incaper, Miguel Angelo de Aguiar.

Ele também disse que, embora o projeto tenha sido implantado em áreas prioritárias no Espírito Santo, o aprendizado pode ser aproveitado em todos os municípios capixabas, já que houve a realização de diversas capacitações com técnicos e agricultores.

No encontro, estavam presentes instituições como Iema, Idaf, Política Ambiental, Instituto de Pesquisa da Mata Atlântica, (IPEMA), Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), entre outros. A gestão do projeto foi feita pelo Comitê da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

Fases do projeto

A primeira fase do projeto Corredores Ecológicos consistiu na estruturação e na escolha das áreas prioritárias para a implantação dos corredores. Apesar de originalmente a Mata Atlântica cobrir todo o território do Espírito Santo, o longo processo histórico de degradação fez restar apenas pouco mais de uma décima parte da malha florestal primitiva do Estado. Dessa forma, para reverter esse quadro, foram estabelecidos corredores ecológicos como forma de ampliar as áreas destinadas à conservação e garantir a manutenção da biodiversidade.

Em uma segunda fase, foram desenvolvidas diversas atividades para implantar e consolidar unidades de preservação e conservação dos recursos naturais, tais como Sistemas Agroflorestais, Sistemas Agrosilvopastoris e Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN). O projeto está em fase de conclusão.

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Texto: Luciana Silvestre
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