07/11/2013 16h20 - Atualizado em 07/03/2017 15h34

Capacitação e tecnologia mudam realidade de agricultor familiar

Foto: Léo Júnior
Nascido e criado na roça como ele mesmo diz, Ailton Ferreira Arruda, 43 anos, é produtor de leite da comunidade de Itabaiana, localizada no município de Mucurici. Ele e sua esposa, Daniele dos Santos Ferreira, 30 anos, mudaram de vida após começarem a utilizar tecnologias para a produção e criação de gado de leite.

Nesta quinta-feira (07), ele foi homenageado durante o 5º Congresso Capixaba de Pecuária Bovina, realizado na Universidade Vila Velha (UVV), pela capacidade empreendedora que permitiu o desenvolvimento das atividades rurais em sua propriedade.

Em 2008, quando os técnicos do Programa de Melhoramento Genético, da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura, e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), conheceram Arruda, ele possuía 19,9 hectares de área e utilizava 15 hectares para pasto, gerando apenas 40 litros de leite por dia. “Nós produzíamos para comer e vestir. Nós tirávamos o leite na mão. Na área social sofríamos muito, minha casa não tinha água encanada, e nem banheiro”, conta o produtor.

A situação de vida do casal mudou bastante. Daniele relembra os tempos em que ela utilizava a água do rio, mas enfatiza a felicidade da nova casa. “Eu usava a água do rio para quase tudo, lavava roupa, louça, fazia tudo lá. Hoje nossa casa tem água encanada três quartos, duas salas, dois banheiros, cozinha, e varanda ao redor de toda a casa”, relata a produtora.

O espaço de terra de Ailton ainda é o mesmo, mas hoje com uma melhor gestão do espaço, ele destina 0,5 hectares à plantação de capim, 3,1 hectares para cria e recria do gado. Além disso, ele agora possui uma ordenha mecânica para quatro vacas.

Das 27 vacas que Arruda possui 17 são leiteiras e juntas produzem 300 litros de leite por dia. A produção diária de cada vaca é de quase 20 litros, e com a venda do litro a R$ 1,07 o produtor tem uma renda bruta de aproximadamente R$ 9.630,00. Tirando os gastos com a produção e manutenção do negócio, a renda líquida de Ailton é de R$5.200,00 ao mês.

De acordo gerente do Programa de Melhoramento Genético do Leite, Pedro Cani, que acompanha Ailton desde sua entrada no programa, o produtor é um exemplo de como de as tecnologias podem beneficiar a agropecuária familiar. “Ele é um produtor que representa a gama de pequenos produtores do interior do
Estado. Exemplo clássico de um produtor recuperado, que mostra que é viável a produção de leite. Hoje ele tem o futuro nas mãos, esperamos que em 2014 ele atinja a meta de 500 litros de leite por dia”, disse.





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Texto: Ingrid Castilho e Léo Júnior
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