11/11/2015 12h30 - Atualizado em 07/03/2017 15h12

Cadeia produtiva do morango é destaque em oficina do Pedeag 3

De cor vermelha intensa e um sabor doce e, ao mesmo tempo levemente ácido, o morango é bastante apreciado tanto in natura quanto no preparo de muitas receitas. No Espírito Santo, a fruta vem ganhando espaço e alguns munícipios vem se destacando no cultivo. E para discutir as perspectivas de crescimento e desenvolvimento do setor para os próximos anos, produtores rurais se reuniram na tarde de terça-feira (11), em Santa Maria de Jetibá, para mais uma oficina do Pedeag 3.

A abertura da oficina foi feita pelo subsecretario de Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), que apresentou um panorama sobre a agricultura capixaba e brasileira e ressaltou a importância do Pedeag 3 para o desenvolvimento sustentável do setor no Espírito Santo.

“Estamos rodando todo o Estado para traçar planos e estabelecer objetivos e metas a serem implantados. E isso se dá através da conversa com os produtores que acompanham nossas reuniões e mostram os gargalos de cada cadeia produtiva”, afirmou Marcelo.

Durante os trabalhos, os participantes responderam a questionários técnicos que servirão de base para o planejamento de ações e, ao fim, puderam discutir sobre o cenário atual do morango. O objetivo é ouvir contribuições, sugestões e críticas de todos aqueles que estão envolvidos com a cadeia produtiva em debate.

A oficina
Cíntia Bremenkamp, engenheira agrônoma e extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), foi a especialista convidada para debater o assunto. Ela apresentou um panorama da produção de morango no Espírito Santo e abordou temas importantes para o desenvolvimento do setor no Estado.

Segundo Cíntia, no Estado existem mais 36 hectares cultivados com morango, principalmente na Região Serrana, destacando os municípios de Santa Maria de Jetibá e Domingos Martins. O morango é cultivado, principalmente, por agricultores familiares. A cultura é considerável rentável, gerando cerca de R$ 63 milhões por ano.

Uma das principais dificuldades do setor é a aquisição de mudas de boa qualidade. Segundo a engenheira, o Estado não produz essas mudas e elas vem de estados como Minas Gerais e até de outros países, como Argentina.

“Hoje ouvimos aqueles que vivem a realidade do morango no Estado. Esperamos que o Pedeag 3 desenvolva políticas públicas para atender esses produtores”, comenta Cíntia Bremenkanp.

O produtor fala
Luzinete Chaves de Carvalho produz morango há cerca de três anos. Ela afirma que não conhecia a fruta e plantava apenas feijão, milho e repolho. Tudo aconteceu quando um produtor ofereceu apoio para que ela e seu seu marido iniciassem o cultivo do morango.

Segundo Luzinete a primeira colheita foi bastante rentável. Por mês, o lucro da produtora rural chega a R$ 2 mil, mas esse valor varia de acordo com o mês. Segundo ela, o mais fraco é no mês de dezembro.

Com o sucesso no cultivo do morango, Luzinete buscou ajuda no Incaper, que vem contribuindo com informações, análise de solo, adubo e encontro de orgânicos. “Meu desejo é plantar morango orgânico. Já estamos deixando a terra descansar, mas ainda faltam muitas coisas. E espero que essa assistência do Incaper nos ajude”, completa.

O Pedeag 3
A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) está definindo as prioridades do setor agrícola para os próximos 15 anos. O Pedeag 3 conta com a participação de representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio, produtores rurais, pesquisadores, professores e lideranças cooperativistas e de associações produtivas. São mais de 50 oficinas de trabalho, que servirão de base para a construção do Planejamento Estratégico da agricultura capixaba.

Durante as oficinas, os participantes recebem um questionário de avaliação dos principais desafios e oportunidades de sua cadeia produtiva específica. Todo esse material recolhido presencialmente e também pela internet (www.pedeag.es.gov.br) será usado para subsidiar a elaboração do Pedeag 3, que contará ainda com entrevistas qualitativas que serão feitas com mais de 100 especialistas. Até agora, aproximadamente 3 mil pessoas já passaram pelas oficinas e mais de 1,8 mil questionários foram respondidos.

O Pedeag 3 será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo planos de ação e projetos, com foco na geração de melhores resultados para o agronegócio capixaba. Tudo isso alinhado com a análise de temas transversais, tais como capital humano, sustentabilidade, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.
O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo o Pedeag se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 vai atualizar as diretrizes e metas, com base nos pilares do empreendedorismo, da sustentabilidade e da inovação.

Interação
Além de participar dos debates presenciais, produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento o estratégico do setor. No site do Pedeag 3 (www.pedeag.es.gov.br) os internautas podem apresentar sugestões e contribuições que ajudem no desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado.

O site disponibiliza o calendário de oficinas por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias, fotos e um espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba e às contribuições apresentadas durante os debates. O internauta poderá referendar duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão para ser incluída na base de dados no Pedeag 3.

Informações à Imprensa:
Gerência de Comunicação Social da Seag
Daniel Simões
(7) 98849-9814/ (7)3636-3700
Texto: Thaís Tonini
(27) 3636-3651
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