02/10/2015 14h27 - Atualizado em 07/03/2017 15h10

Cadeia produtiva da banana é debatida em oficina do Pedeag 3

Produtores rurais e representantes de associações e cooperativas ligadas à cadeia produtiva da banana participaram, na tarde desta quinta-feira (01), em Marilândia, da oficina de trabalho do Pedeag 3 para discutir o presente e o futuro do setor no Estado. A bananicultura é uma atividade de grande importância social e econômica para o Espírito Santo. A banana é cultivada em 90% dos municípios capixabas, ocupando uma área de aproximadamente 23 mil hectares e gerando cerca de 30 mil empregos.

A abertura da oficina foi feita pelo secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto. “Estamos ouvindo nossos produtores rurais e todos os agentes ligados aos principais arranjos produtivos do agronegócio. Até o final de novembro, serão realizadas 52 oficinas do Pedeag 3. Esses debates servirão de base para a formulação de nosso Planejamento Estratégico, que vai estabelecer as estratégias e diretrizes para o desenvolvimento da agropecuária capixaba nos próximos 15 anos.

O especialista convidado foi Fabrício Barreto, que trabalha com a comercialização de banana há quase 20 anos. “É o momento para todas as classes ligadas às cadeias de produção se reunirem e pensarem os seus negócios e os seus desafios. Trabalhar a gestão dentro das propriedades é fundamental. Também é necessário trabalhar a união do setor, que precisa se organizar melhor em suas associações para se fortalecerem”.

Os produtores marcaram presença e apontaram sugestões para a construção do planejamento para a agricultura capixaba para os próximos anos. “Tive a oportunidade de sugerir para os colegas produtores que nós temos que saber produzir e comercializar melhor os nossos produtos. Falei também sobre importância da diversificação de culturas. Haviam muitos cafeicultores presentes, disse a eles que a banana pode ser e deve ser, uma opção de atividade além do café e outras culturas. Devemos pensar na multicultura, que ainda favorece o meio ambiente com a variação no solo. Eu mesmo comecei há pouco tempo no plantio da banana e estou satisfeito”. Conta Wilson Haeze, produtor de café e banana, em Marilândia.

A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento Aquicultura e Pesca (Seag) tem incentivado o desenvolvimento do Polo de Banana do Espírito Santo, que se subdivide em três grupos de acordo com os diferentes tipos da fruta (Prata, Terra e Cavendish ou Nanica). A bananicultura, uma das atividades componentes do agronegócio fruticultura.é a fruteira de maior importância social no Estado. Facilmente adaptável, a bananeira é cultivada em 17 mil propriedades rurais, predominantemente familiares.

No Espírito Santo predomina o cultivo de bananeiras do subgrupo Prata, com aproximadamente 80% da área cultivada. Em 2005, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) lançou as cultivares do subgrupo Prata denominadas Vitória e Japira, superiores às variedades tradicionais no que diz respeito à resistência às doenças, principalmente à Sigatoka Amarela, à Sigatoka Negra e ao Mal do Panamá.


De 2006 a 2008, aproximadamente 85 mil mudas das novas variedades já foram distribuídas aos agricultores. Comparadas com variedades suscetíveis às doenças elas apresentaram características agronômicas semelhantes e/ou superiores. Vigorosas, elas têm bom desenvolvimento, crescimento adequado e produzem frutos com excelente qualidade para o mercado. Por serem resistentes às doenças, não há necessidade do uso de defensivos, portanto são adaptadas ao modo de produção agroecológicas, o que condiz com a realidade da agricultura familiar.

O município de Alfredo Chaves, um dos maiores produtores de banana do Estado, possui uma área de 3 mil hectares destinada à cultura, sendo 80% da área cultivada com bananeiras do subgrupo Prata. Desse total, em torno de mil hectaressão cultivados com "Japira" e "Vitória", área que tende a crescer gradativamente, uma vez que essas cultivares estão sendo utilizadas para renovação dos bananais.


O Polo de Banana está dividido da seguinte forma:
Banana do Grupo Prata:
Iconha, Rio Novo do Sul, Vargem Alta, Alfredo Chaves, Anchieta, Guarapari, Viana, Cariacica, Marechal Floriano, Domingos Martins,Santa Leopoldina, Fundão, Ibiraçú, João Neiva, Aracruz e Linhares.

Banana do Grupo Terra: Domingos Martins, Marechal Floriano, Viana, Santa Leopoldina, Santa Maria, Itarana, Baixo Guandú, Laranja da Terra e Marilandia.

Banana do Grupo Cavendish: Iconha, Viana, Anchieta, Rio Novo do Sul, Mimoso do Sul,Guarapari,Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Santa Maria, Itarana, Baixo Guandú e Laranja da Terra.

Pedeag 3
O Pedeag 3 é principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Até novembro serão realizadas 52 oficinas de trabalho sobre as principais cadeias produtivas do agronegócio capixaba, que servirão de base para a formulação de um plano de ação para os próximos 15 anos. As oficinas também estão discutindo temas transversais, como capital humano, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outros.
O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo o Pedeag se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 irá reunir os avanços obtidos nas duas versões anteriores do Plano, com uma abordagem centrada na inovação, no empreendedorismo e na sustentabilidade.

Site do Pedeag 3
Além de participar dos debates presenciais nas mais de 50 oficinas de trabalho do Pedeag 3 produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento estratégico do setor: o site do Pedeag 3: www.pedeag.es.gov.br, que permite, entre outras funções, que os internautas apresentem sugestões e contribuições para o desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado.

O site do Pedeag 3 reúne informações sobre as oficinas de trabalho e permite que o internauta confira o calendário de oficinas por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias e fotos.

Um dos destaques é o espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba. Na aba “Oficinas” também é possível ter acesso às principais sugestões apresentadas durante os debates realizados nas oficinas. Isso porque a Seag quer conhecer a opinião daqueles que, por algum motivo, não puderam comparecer às reuniões. Por essa ferramenta, é possível eleger duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão.

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