25/10/2015 18h02 - Atualizado em 07/03/2017 15h11

Cacauicultura é tema de mais uma oficina do Pedeag 3 que acontece em Linhares

Os debates sobre o cenário da cadeia produtiva do cacau e as estratégias para o desenvolvimento do setor aconteceram em mais uma oficina do Plano de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, o Pedeag 3, realizado na tarde desta quinta-feira (22), no auditório da Universidade Aberta do Brasil, no município de Linhares. A oficina fez parte da programação do Seminário Tecnológico da Cacauicultura Capixaba.

O especialista convidado foi o gerente do Departamento Agrícola de Cacau da Nestlé do Brasil, Guilherme Junqueira. Ele ressaltou que para que o produtor promova um trabalho gradativo e de sucesso é preciso que ele adote um cultivo baseado nas boas práticas agrícolas. “Obter fazendas rentáveis com a utilização de tecnologias agronômicas adequadas, inclusão social com a valorização dos produtores e investimentos em qualidade na produção de cacau com respeito aos recursos naturais, são os três pilares” contou Guilherme.

De acordo com o especialista, no Brasil a atividade de cacauicultura é composta por propriedades de pequena escala, porém é um cultivo que exige, nos primeiros dez anos, um investimento considerável por parte do produtor. “A produção de cacau começa ao redor do seu quarto para o quinto ano e fica numa plenitude por volta do oitavo ano de produção. A partir do décimo ano é considerado que são diluídos os custos de manutenção dessa propriedade e tem uma receita muito maior para o produtor”, completou.

Para que o produtor promova um trabalho gradativo e de sucesso é preciso que ele adote um cultivo baseado nas boas práticas agrícolas, focadas em qualidade de produção, perpetuação da atividade produtiva, incentivando as ações a continuar no processo produtivo e isso é sustentabilidade.

Por fim, produtores, pesquisadores, extensionistas, representantes de indústrias, cooperativas e associações entraram em um amplo debate sobre a cadeia produtiva do cacau, esclarecendo dúvidas e contribuindo para o seu desenvolvimento.

Almir Antônio Dadalto é produtor de cacau em Linhares há quatro anos e contou que o Pedeag 3 trouxe informações técnicas e motivação para continuar. “Dicas como a avaliação de solo, que é fundamental para que a cultura tenha sucesso, nos incentivam a melhorar as nossas lavouras”, lembrou.

Vencendo a “Vassoura de Bruxa”

Os órgãos de pesquisa, assistência técnica e extensão rural já disponibilizaram tecnologias disponíveis desde 1995 para conviver com este problema fitossanitário e que prejudica as lavouras.
Para Guilherme Junqueira, os produtores devem buscar as informações e orientações com os engenheiros agrônomos para se prevenirem, utilizarem clones tolerantes, investirem em sanidade e nutrição do cacaueiro, investirem em tratos culturais como aspectos de poda, manejo de pragas e doenças, entre outros. “Existem muitas tecnologias disponíveis que permitem que os produtores convivam com estes riscos, mas devem ser usadas por produtores caprichosos que buscam um bom suporte técnico e orientação”, completou.

Cacauicultura

O cacau é produzido em regiões tropicais. No mundo, a África é a principal região produtora, em segundo lugar a América Central e a América do Sul e por fim, a Ásia e Oceania. No Brasil as principais regiões produtoras se encontram no bioma amazônico, especialmente no Pará, em Rondônia e no Amazonas e também na região de mata atlântica na Bahia e no Espírito Santo.

O país concentra a produtividade de cacau com aproximadamente 400 mil/ha com a produção em torno de 260 mil toneladas. No Espírito Santo a produtividade é relativamente menor, em torno de 200 Kg/ha com uma produção total ao redor de 5 mil toneladas. Ainda no Brasil, existe em torno de 55 mil produtores com uma média de plantio de cacau em torno de 10 a 15 hectares.

O Pedeag 3

O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 vai atualizar as diretrizes e metas, com base nos pilares do empreendedorismo, da sustentabilidade e da inovação.

Interação

Além de participar dos debates presenciais, produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento o estratégico do setor. No site do Pedeag 3 (www.pedeag.es.gov.br) os internautas podem apresentar sugestões e contribuições que ajudem no desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado.

O site disponibiliza o calendário de oficinas por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias, fotos e um espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba e às contribuições apresentadas durante os debates. O internauta poderá referendar duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão para ser incluída na base de dados no Pedeag 3.

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