08/11/2013 12h34 - Atualizado em 07/03/2017 15h34

Área de pastagem diminui e produção cresce na pecuária capixaba

Foto: Léo Júnior
Os números recentes da pecuária do Espírito Santo comprovam que a ampliação do uso da tecnologia pelos criadores melhora as condições de produção e a renda.
Durante o 5º Congresso Capixaba de Pecuária Bovina, realizado na Universidade Vila Velha (UVV), o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, apresentou os índices do crescimento da produção de leite e do rebanho capixaba e o do decréscimo das áreas destinadas às pastagens.

Os 456,6 milhões de litros de leite produzidos no último ano superam em 1,16% a produção capixaba de 2011. Também com crescimento registrado, o rebanho bovino do Espírito Santo fechou 2012 com 2,79% de cabeças a mais que 2011. Esses dois índices apontam ainda que o desempenho capixaba é superior ao brasileiro, que registrou no mesmo período decréscimo de 0,72% no tamanho do rebanho e crescimento de 0,65% na produção de leite.

“Nos últimos anos, gradativamente os produtores capixabas, principalmente os familiares, os pequenos, estão se apropriando de novas tecnologias para condução em manejo do rebanho. Dentro do Programa de Melhoramento Genético, conduzido pelo Governo do Estado e instituições parceiras, os índices de produção e produtividade estão melhorando, e isso pode ser observado facilmente, ainda mais quando está constatado que as áreas de pastagens estão menores em nosso Estado”, destaca o secretário Enio Bergoli.

Enquanto o rebanho e a produção leiteira cresceram, a área ocupada com pastagens no Espírito Santo caiu de 1.8 milhão de hectares para 1.4 milhão de ha nos últimos dez anos.

Exemplo

Nascido e criado na roça, como ele mesmo diz, Ailton Ferreira Arruda, 43, é produtor de leite da comunidade de Itabaiana, localizada no município de Mucurici. Ele e sua esposa, Daniele dos Santos Ferreira, 30, mudaram de vida após começarem a utilizar tecnologias para a produção e criação de gado de leite.

Em 2008, quando os técnicos do Programa de Melhoramento Genético, da Seag e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), conheceram Arruda, ele possuía 19,9 hectares de área e utilizava 15 hectares para pasto, gerando apenas 40 litros de leite por dia.
“Nós produzíamos para comer e vestir. Nós tirávamos o leite na mão. Na área social sofríamos muito, minha casa não tinha água encanada e nem banheiro”, retrata o produtor.

Atualmente, com o mesmo espaço de terra e uma gestão organizada e tecnificada, Ailton obtém do rebanho 300 litros de leite por dia. A produção diária de cada vaca é de quase 20 litros, e com a venda do litro a R$ 1,07 o produtor tem uma renda bruta de aproximadamente R$ 9.630,00. Tirando os gastos com a produção e manutenção do negócio, a renda líquida de Ailton é de R$ 5.200,00 ao mês.

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