03/09/2015 14h49 - Atualizado em 07/03/2017 15h09

Aquicultura é o tema do Pedeag em Marechal Floriano

O cenário da aquicultura no Espírito Santo foi discutido durante a oficina de trabalho do Pedeag 3, realizada nessa quinta-feira (03) em Marechal Floriano. Entidades e instituições ligadas ao setor agrícola, pesquisadores e lideranças comunitárias e cooperativistas da região puderam acompanhar um panorama do setor, apresentar sugestões e discutir seus principais desafios e oportunidades.
Durante os trabalhos, os participantes responderam a questionários técnicos que servirão de base para o planejamento de ações voltadas para o desenvolvimento do setor.

“O foco do nosso planejamento é a inovação, empreendedorismo e a sustentabilidade. Vamos analisar os cenários e elaborar os diagnósticos, identificando as oportunidades e desafios, assim, estabelecendo os objetivos e as metas a serem implantados”, afirmou Octaciano Neto, secretário estadual de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

A abertura da oficina foi feita pelo subsecretário de Desenvolvimento Agropecuário, Marcelo Suzart, com um panorama sobre a agricultura capixaba e brasileira. Ele ressaltou a importância do Pedeag 3 para o desenvolvimento sustentável da agricultura do Estado.

A oficina
A especialista convidada para falar sobre as oportunidades e desafios da aquicultura foi a zootecnista Juliana Valle, que atua como agente de extensão em Desenvolvimento Rural nas áreas de aquicultura e pesca do Incaper. Ela apresentou informações sobre o cenário da atividade no Espírito Santo e os benefícios das ações do Pedeag na vida dos capixabas. “A aquicultura no Estado representa uma produção de cerca de 7 mil toneladas de pescado ao ano. Uma atividade que está presente em cerca de 70% das propriedades e, na maioria das vezes, é tida como uma diversidade das atividades agrícolas. Com as ações do Pedeag vamos conseguir ter uma visão ampliada da cadeia e, assim, planejar e organizar os produtores”, afirmou.

A falta de estatística fiel da atividade é apontada como um dos principais desafios do setor. Juliana ressaltou que é preciso segmentar o setor, representando as diferenças entre peixes, camarões e a maricultura.

Para o piscicultor e presidente da Cooperativa de Aquicultores Capixabas (ACA), Lúcio Alves, a falta de água e o emprego de novas técnicas na atividade dificultam o desenvolvimento aquicultura no Espírito Santo. “Uma das principais dificuldades dos aquicultores capixabas é a falta de água. Precisamos criar novas técnicas do reuso de água para podermos usar na produção e, assim, preservar e melhorar o processo”, comenta. “Com o Pedeag vamos conseguir direcionar os envolvidos e definir as prioridades e as diretrizes para melhorar o setor da aquicultura no estado”, completa Lúcio Alves.

Aquicultura no Espírito Santo
A disponibilidade hídrica e o clima favorável contribuem para o desenvolvimento da aquicultura no Espírito Santo. De acordo com dados do IBGE 2013 - Produção da Pecuária Municipal, o Espírito Santo possui produção anual de 6.489.682 kg de peixes em 48 municípios e 42.390 milheiros de alevinos em 13 municípios. De acordo com dados da Cooperativa de Aquicultores do Espírito Santo (Ceaq), no ano de 2014 foram processados 3 toneladas de filé de tilápia, uma atividade que está em crescimento na região de montanhas capixabas.

O Espírito Santo é o maior produtor de camarão de água doce do Brasil e os principais cultivos estão instalados nos municípios de São Domingos do Norte, Governador Lindenberg e São Gabriel da Palha. Segundo dados da Cooperativa dos Carcinocultores do ES, a produção média em 2014 foi de 42 toneladas de camarão beneficiado e 17 toneladas in natura.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a aquicultura é provavelmente o setor produtor de alimentos que mais cresce no mundo. É praticada em vários países, sendo uma importante fonte de renda e de proteína animal, com papel relevante na segurança alimentar.

O Pedeag
O Pedeag 3 será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo programas e iniciativas. Serão realizadas 52 oficinas de trabalho que irão contar com a participação de produtores rurais e representantes das principais cadeias produtivas do sistema agrícola capixaba.

Tudo isso alinhado com a análise de temas transversais, tais como capital humano, sustentabilidade, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.

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Texto: Thais Tonini
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