17/08/2023 17h00 - Atualizado em 26/06/2024 15h05

TecnoAgro recebe oficinas para debater avanços na aquicultura e produção de café conilon

Avançar ainda mais nos principais arranjos produtivos do Espírito Santo e recuperar as cadeias de produção com potencial de crescimento são alguns dos objetivos do Plano de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4). Em reta final de elaboração do plano, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) realizou, nesta quinta-feira (17), mais duas oficinas técnicas para debater culturas importantes do agro capixaba: o café conilon e a aquicultura.

Os encontros foram realizados em Linhares, durante o Tecnoagro – um dos maiores eventos de agronegócio do Estado. O município do norte capixaba tem forte atuação nos dois setores temáticos do debate, sendo o maior produtor de café do Espírito Santo e responsável por quase metade da produção estadual de peixes.

Nas oficinas, especialistas e produtores apontaram os principais problemas dos segmentos e identificaram as potencialidades da produção. O objetivo foi realizar uma análise da situação atual para propor ideias de desenvolvimento que serão colocadas em prática nos próximos dez anos.

Conilon

A primeira oficina do dia foi sobre o café conilon, segmento em que o Espírito Santo é referência mundial. Maior produtor do País, o Estado tem a estimativa de produzir 10,5 milhões de sacas em 2023 – uma das maiores já registradas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“É necessário continuar avançando e consolidando cada vez mais a nossa cafeicultura, com qualidade, quantidade e sustentabilidade. O Governo do Estado lançou esse ano o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do Espírito Santo, que visa consolidar essa que é a nossa melhor expertise. E o Pedeag 4 também chega como um
instrumento importante, pois vai nortear as ações de desenvolvimento para a cafeicultura capixaba, que gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos e está presente em mais de 75 mil das 108 mil propriedades agrícolas do Estado”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

No ano passado, a área do Conilon no Espírito Santo foi de 259.174 hectares, e a produção foi de 12,4 milhões de sacas, o que rendeu uma média de 47,7 sacas por hectare. Para este ano, a previsão é de 261.921 hectares (+1,1%), segundo dados da Gerência de Dados e Análises da Seag. Mesmo com as variações negativas, o Espírito Santo mantém-se como maior produtor nacional, com 63% de toda produção do País.

Na oficina, os especialistas debateram as melhorias para o setor cafeeiro, em especial do conilon, e participaram de uma palestra promovida pelo engenheiro agrônomo Abraão Verdin, pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

Aquicultura

A segunda oficina técnica do dia contou com a participação dos aquicultores do município de Linhares – maior produtor estadual do segmento, responsável por 45% do total produzido no Estado. O Espírito Santo vem passando por um momento de recuperação do setor. Após uma queda acentuada entre 2014 e 2018, o valor da produção da aquicultura capixaba vem subindo, passando dos R$ 28,6 milhões registrados em 2019 para R$ 58,7 milhões no ano passado, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Estado, a tilápia representa 99,12% do volume total de criação. Em 2022, também de acordo com o IBGE, 5,4 mil toneladas do peixe, o que rendeu R$ 54,3 milhões aos aquicultores capixabas. A oficina do Pedeag contou com palestra de Lucimary Soromenho, pesquisadora do Incaper e especialista em aquicultura.

Reuniões 

O Pedeag visa ser um referencial para o desenvolvimento das principais cadeias produtivas da agricultura, pesca e pecuária, de modo a integrar programas, projetos e ações entre os setores público, privado e não governamental.

Para o desenvolvimento do Pedeag 4 (2023/2032), estão sendo realizados seminários temáticos para a discussão com o público, visando a estabelecer as metas e as prioridades para a Gestão do Governo do Estado, incorporando temas transversais contemporâneos, como a sustentabilidade por meio do ESG (do inglês, sustentabilidade ambiental, social emgovernança corporativa).

A metodologia proposta para a construção do plano está dividida em três etapas: investigação de cenário, definição de estratégia e estruturação do ambiente. Os encontros para a colaboração na elaboração do Pedeag 4 vão até o fim de agosto. Ao todo, serão 40 encontros, entre oficinas e reuniões técnicas, abrangendo as cadeias produtivas de maior representatividade para o Estado. Os encontros técnicos contam com metodologias participativas para discutir e propor ações que serão inseridas no Pedeag 4. O intuito é planejar ações e iniciativas que buscam alavancar o setor com políticas que promovam o desenvolvimento sustentável e tecnológico da agropecuária capixaba.

São discutidos temas transversais, como agricultura familiar, mudanças climáticas, crédito rural, mulheres no agro, logística, sucessão familiar e comunicação no agro. As oficinas ocorrem em diferentes municípios do Espírito Santo, valorizando a participação das lideranças do agro capixaba e almejando ampliar os horizontes, por meio do conceito de inovabilidade. Também é possível participar da construção do plano de forma on-line, acessando o site da Seag (www.seag.es.gov.br) e clicando no banner do Pedeag 4.

Informações à Imprensa:
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