02/11/2019 10h16

Pescadoras de Itapemirim fazem exames de mamografia em Vitória

Para fechar com entusiasmo o mês da campanha "Outubro Rosa”, durante três dias, 30 pescadoras da Associação Mulheres da Pesca, parte da Colônia de Pesca “Z10”, da comunidade de Itaipava, em Itapemirim, fizeram exames de mamografia, no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), a Secretaria da Saúde (Sesa), a Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afec) e a Prefeitura de Itapemirim.

Os exames fazem parte das atividades do projeto “Elas no Campo e na Pesca”, que é uma iniciativa da Seag, que compõe o Programa “Agenda Mulher”, da Vice-Governadoria, com ações integradas entre os demais órgãos do Estado, prefeituras e parceiros. O objetivo é promover a visibilidade, a valorização do trabalho feminino e a autonomia econômica e financeira das mulheres, por meio da assistência técnica, do acesso ao crédito e às políticas públicas e do apoio ao empreendedorismo, associativismo, cooperativismo e comercialização.

A presidente da Associação Mulheres da Pesca, Maura Bessi, passou pelo exame nessa quarta-feira (29) e, em seguida, falou sobre o momento em nome de todas as pescadoras. “Estou feliz, pois o exame foi simples e agora me sinto mais segura. Nós conseguimos enxergar uma ‘luz no fim do túnel’, já que em todos os anos de dedicação à nossa atividade, muitas vezes nos sentimos pouco lembradas. O projeto ‘Elas no Campo e na Pesca’ tem nos dado muita atenção. Cuidar da nossa saúde deve estar em primeiro lugar porque assim trabalhamos com mais qualidade e com mais motivação. Tenho certeza que a partir de agora estaremos sempre mais atentas aos exames e aos cuidados preventivos”, contou.

Acompanharam as pescadoras, a coordenadora de projetos da Seag, Patricia Ferraz e as extensionistas do Incaper local, Ana Paula de Oliveira Siqueira e Angélica Carvalhais de Oliveira.

“Nós tínhamos muita vontade de nos aproximar de iniciativas que fossem para as mulheres, em especial para as pescadoras porque achávamos que ainda era um público faltoso quanto à algum envolvimento. Então, tudo começou com um diagnóstico participativo com os grupos de pescadoras para o levantamento de demandas mais urgentes e, nesse ponto, a saúde foi um tema de destaque e promovido por elas mesmas. Quando citaram a falta de atendimentos em ginecologia, por exemplo, foi reforçada a questão da mamografia. Vimos que havia mulheres que nunca fizeram o exame, outras que já não faziam a muitos anos e as que tinham dificuldade em aderir ao exame. Percebemos a tempo essa necessidade”, disse Angélica Carvalhais.

A extensionista lembrou que o sucesso, desde as primeiras conversas com as pescadoras até a vinda das mulheres à Vitória, só foi possível a partir de uma parceria significativa com a Prefeitura de Itapemirim, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.

“Antes mesmo das pescadoras preencherem os formulários para a realização dos exames, eles disponibilizaram uma profissional enfermeira para palestrar sobre os cuidados com as ‘mamas’. Esse momento foi fundamental para que elas pudessem se familiarizar com o assunto e chegarem mais seguras ao local dos exames. Na ocasião, algumas pescadoras até puderam identificar alguns sinais nos seios, talvez por não terem feito o exame preventivo mais cedo, o que contribuiu para que fiquem mais alertas de agora em diante”.

A gerente executiva da Afecc, Jaqueline Ermidorf de Oliveira, comemorou a ação do projeto. “Recebemos mais esse grupo, de portas sempre abertas. Durante todo o ano e, sempre reforçada no ‘Outubro Rosa’, a nossa principal bandeira é em defesa à saúde das mulheres, da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer. Assim, a possibilidade de cura da doença é muito maior. A Afecc atua desde 1952, com um trabalho pautado em esforços voluntários dos profissionais da saúde, a fim de informar, de conscientizar sobre a doença a todas as mulheres e de cuidar, a partir de uma série de programas sociais voltados para os pacientes em tratamento”.

A extensionista Angélica Carvalhais afirmou que ficou surpreendida de forma muito positiva com a receptividade ao projeto. “Sabemos que elas ficaram imensamente motivadas porque se sentiram parte dessa construção, especialmente por serem mulheres e por serem profissionais que muitas vezes se queixam de contar com iniciativas mais especificas e de forma tão cuidadosa, como essa. Desde o início abraçamos essa causa sob todos os ângulos, desde o número de vagas que conseguiríamos, até o despertar desse conhecimento para essas pescadoras”, pontuou.

Texto: Tatiana Toniato Caus

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