22/08/2023 18h04

Frutas para indústria e reservação hídrica e práticas de irrigação são temas de oficina do Pedeag 4

A fruticultura no Espírito Santo e a reservação hídrica e práticas de irrigação foram temas abordados nas reuniões do Pedeag 4, realizadas nesta terça-feira (22), no auditório da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, em Vitória.  Na ocasião, produtores, especialistas e representantes dos setores discutiram propostas para garantir mais segurança hídrica, assim como para a expansão da produção, beneficiamento e processamento de frutas de forma sustentável no Estado.

O Espirito Santo tem 14 polos de frutas, que englobam o plantio de abacaxi, acerola, banana, cacau, caju, coco, goiaba, laranja, mamão, manga, maracujá, morango, tangerina e uva. A produção de frutas no Estado teve uma área colhida de 73.353 hectares, e obteve um valor de R$ 1,6 bilhão (9,68% do VBPA) – referência 2021. No agronegócio, o conjunto de produtos da fruticultura capixaba movimentou em 2022 cerca de US$ 32,8 milhões com a exportação de produtos in natura e também com valor agregado.

Entre os principais produtos que são economicamente mais relevantes para o Estado, destacam-se: a banana, que detém 30% da renda rural da fruticultura e participa com 2,83% do VBPA, e o mamão, que detém 28% da renda rural da fruticultura e participa com 2,74 do VBPA.

"A fruticultura tem demonstrado grande potencial e tem sido uma fonte de diversificação das atividades agrícolas no Espírito Santo, contribuindo para a geração de emprego e renda no campo. Vamos continuar adotando políticas públicas para o aumento da produtividade, competitividade e comercialização desses produtos”, comentou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

Ao longo dos últimos anos, uma série de fatores contribuem para as crises hídricas do Estado: o aumento da demanda de água, eventos climáticos extremos, entre outros. Durante a reunião do Pedeag 4, também foram discutidas propostas a longo prazo para estabelecer mecanismos para garantir mais segurança no setor.

“Esse é um tema que envolve todas as cadeias produtivas, pois a irrigação tem como propósito suprir a deficiência total ou parcial da água e funciona como um seguro contra os períodos de incerteza hídrica. Sabemos também dá importância da agricultura irrigada para a sustentabilidade na produção de alimentos e a segurança alimentar e econômica do Estado. Debater esse assunto é fundamental, assim como dar continuidade as ações que já vem sendo realizadas pelo Governo do Estado no sentido de recuperação de áreas de preservação permanente, nascente e restauração de áreas degradadas”, comentou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. 

Para o engenheiro agrônomo e palestrante, Geraldo Feregueti, o Espírito Santo tem na agricultura a sua principal fonte de emprego e renda. “Toda produção depende da irrigação para manter toda a produção agrícola e entre os temas transversais acredito que este é o de maior relevância por esse fato”, pontuou.

Os participantes apresentaram propostas voltados à recuperação de áreas degradadas e nascentes além da sensibilização dos proprietários rurais para ações de restauração florestal em Áreas de Preservação Permanente (APP) e áreas de recarga hídrica, promovendo o aumento da produção de água em qualidade e quantidade.

Pedeag 4

O Pedeag visa ser um referencial para o desenvolvimento das principais cadeias produtivas da agricultura, pesca e pecuária, de modo a integrar programas, projetos e ações entre os setores público, privado e não governamental.

Para o desenvolvimento do Pedeag 4 (2023/2032), realizado pelo Governo do Estado por meio da Seag estão sendo realizados seminários temáticos para a discussão com o público, visando a estabelecer as metas e as prioridades
para a Gestão do Governo do Estado, incorporando temas transversais contemporâneos, como a sustentabilidade por meio do ESG (do inglês, sustentabilidade ambiental, social e
governança corporativa).

Metodologia

A metodologia proposta para a construção do plano está dividida em três etapas: investigação de cenário, definição de estratégia e estruturação do ambiente. Ao todo, serão 40 encontros, entre oficinas e reuniões técnicas, abrangendo as cadeias produtivas de maior
representatividade para o Estado. O intuito é planejar ações e iniciativas que buscam
alavancar o setor com políticas que promovam o desenvolvimento sustentável e tecnológico da agropecuária capixaba.

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