Espírito Santo lidera capacitação em cafeicultura regenerativa
O Espírito Santo planta as sementes de um futuro mais verde no café. O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), realizou, nessa quarta-feira (18) e nesta quinta-feira (19), no município de Venda Nova do Imigrante, uma capacitação intensiva sobre cafeicultura regenerativa.
O objetivo foi difundir técnicas que visavam reduzir os impactos das mudanças climáticas, aumentar a produtividade e a qualidade do café, além de melhorar as condições de vida dos cafeicultores. O evento contou com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Nescafé (Nestlé) e a Plataforma Global do Café.
Ao todo, 70 técnicos especializados em café arábica participaram da capacitação. A formação incluiu aulas teóricas sobre os princípios da cafeicultura regenerativa, o projeto da Nestlé, manejo de solo e água, e fertirrigação. Além disso, os participantes realizaram visitas a campo para conhecer propriedades que já implementam essas práticas sustentáveis, visando reduzir os impactos ambientais e aumentar a produtividade e qualidade do café.
"A cafeicultura regenerativa não é apenas uma tendência, mas uma necessidade", afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. "Ao cuidar do solo, da água e do bem-estar das famílias rurais, estamos garantindo a produção de um café de alta qualidade e contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas", comentou Bergoli.
A iniciativa fazia parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do Espírito Santo, uma iniciativa da Secretaria da Agricultura, um dos primeiros do País a adotar o conceito de sustentabilidade em todos os seus eixos de atuação.
A agricultura regenerativa integrava o Plano Estratégico 2030 da Plataforma Global do Café no Brasil, que vem desenvolvendo a harmonização dos conceitos em reunião do Grupo de Trabalho Brasil da Plataforma, em diversas oportunidades.
Na ocasião, a Plataforma Global do Café, alinhada ao Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do Espírito Santo, fez uma entrega simbólica, com cessão de equipamentos como biodigestores e filtros de água para abastecimento familiar, sendo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper-ES) o Convenente e o cafeicultor, na qualidade de Beneficiário. Essa iniciativa de Ação Coletiva “Bem-estar Social” tem por objeto melhorar as condições de moradia e trabalho de cafeicultores e trabalhadores no Espírito Santo.
Estes equipamentos serão instalados em propriedades familiares de cafeicultores assistidos pelo Incaper, que adotavam práticas regenerativas e que seriam referências em seus municípios, visando à difusão e transferência de tecnologias sustentáveis.
Além dos benefícios ambientais, a cafeicultura regenerativa traz impactos sociais e econômicos positivos como a melhoria da qualidade de vida, pois as práticas sustentáveis contribuem para a geração de emprego e renda nas comunidades rurais, fortalecendo a cadeia produtiva do café. O cuidado com o solo e a aplicação de técnicas adequadas resultavam em um produto de maior qualidade, valorizado no mercado nacional e internacional.
Na oportunidade, o produtor Joselino Meneguet recebeu o primeiro certificado de adequação superior de sustentabilidade de acordo com os Indicadores de Sustentabilidade para Cafeicultura do Estado do Espírito Santo e sua propriedade era constituída como Unidade de Referência do Projeto Cafeicultura Sustentável desenvolvido pelo Incaper.
Segundo a Plataforma Global do Café, que reune as principais instituições da cadeia produtiva mundial do café, a Cafeicultura Regenerativa propõe o desenvolvimento de “Sistema de produção com uso de práticas que aumentam a resiliência e adaptação dos cultivos frente aos efeitos das mudanças climáticas, por meio da promoção da saúde do solo, da produtividade das colheitas, do estoque de carbono, da conservação da água e da biodiversidade, garantindo os serviços ecossistêmicos e contribuindo para a prosperidade e bem-estar social do produtor”.
A cafeicultura regenerativa não apenas beneficiava o meio ambiente, mas também contribuí para o desenvolvimento social e econômico das comunidades rurais, gerando emprego e renda e fortalecendo a cadeia produtiva do café.
Texto: Priscila Contarini
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