Dia da Cachaça: Espírito Santo comemora avanços no setor

A cachaça, também conhecida por nomes populares como pinga, caninha, “marvada” ou aguardente, é uma das bebidas mais tradicionais do Brasil. Neste sábado (13), celebra-se o Dia Nacional da Cachaça, data que reconhece a relevância histórica, cultural e econômica desse destilado brasileiro, apreciado em diferentes partes do mundo.
A data comemorativa tem origem em 1.661, quando a rainha Luísa de Gusmão liberou a produção e a comercialização da bebida no Brasil. Criada por negros escravizados nas fazendas de cana e engenhos de açúcar no século XVI, a cachaça é considerada o primeiro destilado das Américas e um patrimônio da cultura nacional.
Segundo o Instituto Brasileiro de Cachaça, cada brasileiro consome, em média, 6,9 litros da bebida por ano, sendo que 98% da produção nacional vem de pequenos e médios produtores.
Nesse cenário, o Espírito Santo tem motivos especiais para comemorar. O Estado ocupa a terceira posição no ranking nacional, com 81 estabelecimentos registrados, ficando atrás apenas de Minas Gerais, com 504, e São Paulo, com 169, de acordo com o Anuário da Cachaça 2024 (referência 2023).
Além disso, é o Estado com maior dispersão de cachaçarias, presente em 48,7% dos municípios capixabas. Um destaque é São Roque do Canaã, que reúne 13 estabelecimentos e tem cerca de 12 mil habitantes.
“A cachaça capixaba atingiu um elevado padrão de qualidade, consolidando-se como referência nacional. Hoje, é apreciada em diversos estados brasileiros e conquistou prêmios em importantes competições nacionais e internacionais ao longo da última década. Esse percurso evidencia o reconhecimento crescente da cachaça capixaba também nos mercados internacionais”, afirma o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
A força da cachaça capixaba
A cachaça produzida no Espírito Santo também tem conquistado cada vez mais espaço no mercado internacional. Levantamento da Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), com base em informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mostra que, em 2024, o Estado exportou para 22 países cerca de 2,3 toneladas, movimentando aproximadamente US$ 12,6 mil.
Entre janeiro e julho de 2025, o Espírito Santo já enviou ao exterior 2,1 toneladas, resultando em US$ 18,8 mil. Esse valor representa um crescimento de 116% em relação ao mesmo período do ano anterior, mostrando que a bebida capixaba vem ganhando cada vez mais destaque internacional.
Os principais compradores da cachaça capixaba nesse período foram o Panamá (28%), os Estados Unidos (22%) e Hong Kong, na China (13%), evidenciando a expansão da bebida para mercados estratégicos das Américas e da Ásia.
Tradição que move o futuro
O Brasil conta com, atualmente, 1.217 cachaçarias registradas e quase seis mil produtos catalogados no Ministério da Agricultura e Pecuária.
No cenário internacional, a cachaça brasileira rompeu fronteiras. Em 2023, foram 8,6 milhões de litros exportados, gerando mais de US$ 20,2 milhões. O produto chegou a 76 países, com destaque para os Estados Unidos, principal mercado em valor, e o Paraguai, líder em volume.
Mais do que um símbolo cultural, a cachaça é sinônimo de desenvolvimento econômico, geração de empregos e valorização da produção nacional. No Espírito Santo, cada garrafa carrega tradição e inovação, levando o sabor do Brasil para o mundo.
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