11/07/2025 14h27 - Atualizado em 11/07/2025 15h16

Conheça os principais produtos exportados do Espírito Santo para os Estados Unidos

As exportações capixabas para os Estados Unidos têm ritmo consistente, consolidando o mercado norte-americano como um dos principais destinos de produtos agroindustriais e de base florestal do Espírito Santo. De acordo com análise da Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em 2024 o Estado exportou mais de US$ 800 milhões para os EUA. Já no acumulado de 2025 (de janeiro a maio), o valor exportado alcança US$ 253,4 milhões, demonstrando continuidade e diversidade dessa relação comercial, apesar das oscilações nos volumes e preços.

“No agro capixaba, os Estados Unidos têm um papel extremamente relevante para o nosso comércio internacional. Cerca de 20% de tudo que exportamos no agronegócio vai para o mercado norte-americano. Em 2024, o Espírito Santo exportou aproximadamente US$ 3,6 bilhões, sendo que mais de US$ 800 milhões desse total vieram das divisas geradas pelo agro destinadas aos EUA”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

Nesse contexto, o gerente de Dados e Análises da Seag, Danieltom Vandermas, reforçou: “A leitura constante dos dados de exportação, aliada ao monitoramento do cenário geopolítico, é fundamental para orientar decisões estratégicas no Espírito Santo. As variações na presença dos Estados Unidos em nossas cadeias produtivas refletem tanto fatores internos quanto tendências globais. Nosso papel é transformar essas informações em inteligência para manter o agronegócio capixaba competitivo e resiliente”.

A seguir, um resumo dos principais produtos enviados aos Estados Unidos, com destaque para a participação percentual desse destino frente ao total exportado pelo Espírito Santo para todos os países:

  • Nozes (macadâmia)
    Produto totalmente direcionado aos EUA: 100% das exportações, tanto em 2024 quanto em 2025, foram enviadas ao mercado norte-americano.
  • Pescados
    Em 2024, 89% do valor exportado de pescados capixabas teve como destino os EUA. Em 2025, esse número subiu para 93%, indicando forte dependência do setor em relação ao mercado americano.
  • Ovos
    Com baixa expressão em 2024, as exportações para os EUA saltaram em 2025, com 97% do total exportado de ovos capixabas destinados ao país. O Espírito Santo aproveitou uma janela para exportação desse produto devido à incidência da Influenza Aviária naquele país.
  • Gengibre
    Em forte ascensão, o gengibre capixaba tem ganhado espaço no mercado norte-americano. Em 2024, os EUA absorveram 33% do valor exportado, enquanto em 2025 essa participação subiu para 61%, revelando um crescimento expressivo nas vendas externas do produto in natura.
  • Celulose
    Produto mais relevante em valor absoluto. Em 2024, cerca de 51% do valor total exportado de celulose capixaba teve como destino os EUA, proporção que se manteve expressiva em 2025, com 44% do total.
  • Complexo café (café cru em grão e café solúvel)
    O café cru em grãos representou 7,2% das exportações totais do produto em 2024 e 4,5% em 2025, indicando leve redução da participação norte-americana nesse segmento. Já o café solúvel tem mantido uma boa penetração no mercado dos EUA, com cerca de 37% em 2024 e 40% em 2025 das exportações capixabas destinadas ao país.
  • Mamão (papaia)
    Com exportações consolidadas, os EUA são destino de 11% do valor exportado de mamão em 2024 e 13% em 2025, mantendo relativa estabilidade no comércio da fruta.
  • Chocolates e derivados do cacau
    Em 2024, os Estados Unidos absorveram 6,4% do valor exportado dessa pauta pelo estado. Já em 2025, essa participação subiu para 9,9%, o que indica uma aproximação crescente com o mercado consumidor        norte-americano.
  • Pimenta-do-reino
    Apesar do destaque do Espírito Santo na produção nacional, a participação dos EUA como destino ainda é tímida: 2,1% em 2024 e 1,1% em 2025 do total exportado. Contudo, a pimenta-do-reino capixaba chega, majoritariamente, de forma indireta nos EUA, passando por outros países como Vietnã, que reexporta para o mercado americano. 


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